Formação em Controlo de Qualidade Laboratorial fortalece capacidades no setor da saúde em Cabo Verde

O Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) de Cabo Verde acolheu de 2 a 6 de dezembro o curso “Controlo de Qualidade Laboratorial”, promovido no âmbito do projeto FORÇA SAÚDE, um programa inovador, de caráter multilateral, que tem como objetivo principal o fortalecimento dos sistemas de saúde nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), com ênfase na capacitação de recursos humanos e na implementação de metodologias de qualidade. 

Com a coordenação do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, de Portugal (INSA), e financiado pelo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., o FORÇA SAÚDE busca, ao longo de 36 meses, melhorar a resiliência dos serviços de saúde nos PALOP. O projeto promove ações formativas em áreas como epidemiologia, qualidade laboratorial, doenças infeciosas e gestão, contribuindo para a segurança global e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

Este curso trata-se de uma das ações práticas do projeto, que abrange todas as fases do processo analítico: pré-analítica, analítica e pós-analítica. Durante cinco dias intensivos, os participantes aprofundaram conhecimentos em temas como gestão laboratorial, controlo de qualidade interno e externo (CQI e AEQ), erro total, incerteza de medição e indicadores de qualidade. Além disso, realizaram visitas técnicas a laboratórios, onde puderam aplicar os conhecimentos adquiridos em contextos práticos. 

A formação reuniu profissionais de diversas áreas da saúde, incluindo os investigadores e os técnicos de laboratório do INSP. Estes especialistas desempenham papéis cruciais no desenvolvimento de práticas laboratoriais e de gestão que visam garantir a qualidade dos serviços prestados. 

Com a organização desta formação, destaca-se a relevância de ações como esta para o fortalecimento das parcerias transnacionais e a sustentabilidade das metodologias aplicadas nos PALOP.  

Através deste curso, espera-se não só melhorar as competências técnicas dos participantes, mas também reforçar a conectividade digital e a eficiência na resposta aos desafios globais da saúde pública, como a resistência antimicrobiana e os impactos das alterações climáticas. 

O curso marca o início de novas oportunidades para o desenvolvimento do sistema de saúde em Cabo Verde e nos países parceiros.

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