INSP e DNS assinalam Dia Mundial da Saúde Mental com foco no acesso a serviços em contextos de catástrofes e emergências

O Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) e a Direção Nacional da Saúde (DNS) assinalaram, na manhã desta sexta-feira, 10 de outubro, o Dia Mundial da Saúde Mental, com uma mesa-redonda subordinada ao tema “Acesso a serviços – Saúde Mental em Catástrofes e Emergências”, realizada no Auditório da Polícia Nacional, em Palmarejo, cidade da Praia.

O evento reuniu decisores políticos, dirigentes institucionais, profissionais de saúde, académicos e representantes da sociedade civil, num espaço de reflexão e partilha de experiências sobre os desafios e estratégias para assegurar o acesso universal aos serviços de saúde mental, especialmente em contextos de crise e calamidade.

A sessão de abertura contou com intervenções do Diretor do Serviço Social da Polícia Nacional, Subintendente Brémen Levy Cardoso, da Diretora Nacional da Saúde em Substituição, Dra. Yorleydis Rosabal, e do membro do Conselho Diretivo do INSP, Dr. Hélio Rocha, que destacou a importância de fortalecer a capacidade nacional de resposta em saúde mental, sublinhando que “não existe saúde sem bem-estar mental” e que o investimento nesta área é fundamental para a resiliência das comunidades.

Durante a mesa-redonda, foram abordados temas como “Saúde Mental em Catástrofes e Emergências: Prioridade Nacional”, moderada pela psicóloga Dra. Belmira Miranda, com apresentação do psicólogo Dr. José Teixeira. Seguiram-se as sessões temáticas dedicadas a “Estratégias e desafios para garantir o acesso a serviços de saúde mental em situações de emergência e catástrofe” e “Quem cuida de quem cuida? Saúde mental dos profissionais durante e após emergências e calamidades”, moderadas pela Dra. Ana Moniz, com intervenções do médico psiquiatra Dr. Aristides da Luz e do Bastonário da Ordem dos Psicólogos de Cabo Verde, Dr. Daniel Lopes, respetivamente.

O encontro permitiu ainda reconhecer o papel crucial desempenhado pelas equipas multidisciplinares durante a pandemia de COVID-19 e em outras situações de emergência, destacando-se o exemplo da Linha Verde da COVID-19, que se revelou um importante canal de suporte psicológico e emocional à população, experiência partilhada pela mestre em Saúde Pública e enfermeira Natalina Miranda. Também foi apresentada a experiência do Serviço Social na promoção da saúde mental em locais de acolhimento em São Vicente, pelo assistente social da Delegacia de Saúde de São Vicente, Dr. Ibraltino Delgado.

As intervenções evidenciaram a necessidade de fortalecer as redes de apoio psicossocial, capacitar profissionais para atuar em cenários de crise e integrar a saúde mental nas respostas nacionais a emergências e desastres.

No encerramento, os organizadores reforçaram o compromisso de continuar a promover ações integradas e sustentáveis que assegurem que a atenção à saúde mental chegue a todos, sobretudo aos mais vulneráveis em contextos de catástrofe e emergência.

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