O Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) de Cabo Verde, é parceiro de um projeto financiado pela a Vital Strategies, designado Comunidade de Prática: Fortalecimento da recolha, análise e comunicação de dados de saúde em países africanos de língua portuguesa, e que inclui o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) da Guiné-Bissau e a Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo. O projeto tem como objetivo aprimorar os Boletins Nacionais de Saúde Pública e integrar sua respetiva Comunidade de Prática.
O projeto que teve início em setembro de 2023, tem como uma das atividades o workshop que está a decorrer na cidade da Praia.
O evento, que decorre nos dias 21 a 26 de outubro, reúne profissionais de saúde de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, com o objetivo de fortalecer a capacidade técnica na produção de boletins de saúde pública que reflitam com maior precisão a situação epidemiológica do país.
A presidente do INSP, Dra. Maria Da Luz Lima, ressaltou a importância da iniciativa, uma vez que em 2023, Cabo Verde lançou o seu primeiro boletim de saúde pública (BSPCV).
“Estamos focados em fortalecer essa prática. O boletim traz informações cruciais, principalmente de vigilância epidemiológica, saúde animal, ambiental e humana, alinhadas à abordagem “Uma Só Saúde”.
Até o momento, foram publicadas três edições BSPCV e os artigos que sairão deste workshop serão publicados na quarta edição do mesmo cujo lançamento está previsto ainda em 2024.
“Agora, é hora de capacitar mais profissionais para criar boletins ainda mais robustos”, acrescentou.
A formação, segundo a presidente, tem por intenção qualificar técnicos da saúde para que possam analisar e divulgar informação sanitária de maneira acessível, ampliar o alcance da informação e, principalmente, propor recomendações baseadas nos dados para melhorar a saúde pública.
“Os boletins de saúde pública possuem, tal como revistas científicas possuem um rigor adequado a possibilitar atingir um público mais amplo. Eles são boletins com informações de fácil compreensão, que podem ser consultadas por jornalistas, comunicadores, professores e qualquer cidadão que queira entender a situação de saúde do país”, explicou a presidente.
“Estamos a formar um conjunto de profissionais que terão a habilidade de contribuir com mais artigos e boletins e incorporar essa prática à realidade cabo-verdiana e regional”, finalizou a presidente.
De realçar que, além do workshop, fazem parte do projeto a criação Comunidade de Práticas virtual focada na qualidade e análise de dados em Cabo Verde e Guiné-Bissau, criação de minicursos gratuitos sobre as temáticas trabalhadas na comunidade de prática
Essa ação do INSP é mais um passo importante para fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica em Cabo Verde, contribuindo para uma resposta mais eficiente e acessível às necessidades de saúde da população.