No âmbito da comemoração do Dia Mundial de Combate à Hipertensão Arterial, celebrado anualmente a 17 de maio, o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), em parceria com o Centro de Saúde de Ponta d’Água, realizou na manhã desta sexta-feira, 16, uma mesa-redonda dedicada à reflexão e debate sobre a hipertensão arterial (HTA) enquanto problema de saúde pública crescente em Cabo Verde.
O evento, que teve lugar nas instalações do Centro de Saúde de Ponta d’Água, contou com a presença de profissionais de saúde, estudantes, representantes institucionais e membros da comunidade. A sessão de abertura foi presidida pelo membro do Conselho de Administração do INSP, Dr. Hélio Rocha, que assumiu também a moderação dos trabalhos ao longo da atividade.
A primeira intervenção esteve a cargo da Dra. Alícia López, médica cubana especialista em medicina familiar, que abordou os principais fatores de risco, os desafios e os dados epidemiológicos relacionados com a hipertensão arterial.
A apresentação seguiu-se com a assistente social Maria Augusta, que trouxe ao debate o impacto socioeconômico da HTA, em que evidenciou como a doença interfere diretamente na qualidade de vida dos pacientes e representa um peso significativo para o Sistema Nacional de Saúde.
Por sua vez, o enfermeiro Nelson Costa deu continuidade à discussão, onde destacou o papel crucial da atenção primária e do envolvimento comunitário na prevenção e no controlo da hipertensão. Durante a sua intervenção, os participantes foram incentivados a partilhar experiências pessoais, particularmente relacionadas com a adoção de uma dieta equilibrada como estratégia preventiva, o que tornou o momento mais interativo e próximo da realidade vivida pelas comunidades.
A mesa-redonda contou ainda com a presença da delegada de saúde da Praia, Dra. Ulardina Furtado, que apresentou um panorama das políticas públicas existentes para o controle da hipertensão em Cabo Verde. A mesma reforçou o compromisso das autoridades sanitárias com o diagnóstico precoce, o tratamento e o acompanhamento contínuo das pessoas com hipertensão.
A atividade foi avaliada positivamente pelos presentes, o que reforça a relevância do tema e a importância de iniciativas que promovam a conscientização, o diálogo interdisciplinar e a partilha de boas práticas para o fortalecimento da resposta nacional às doenças crónicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial.
Com este evento, o INSP reafirma o seu papel enquanto entidade promotora da saúde pública, engajada na sensibilização da população e no apoio técnico e científico às estruturas do Sistema Nacional de Saúde.