Estudos comprovam que o nível de pesticida nos alimentos produzidos em Cabo Verde é baixo.
Foram apresentados hoje, na Cidade da Praia, durante o Workshop “Controle dos Resíduos, de Pesticidas em Europa e Cabo Verde”, os resultados das análises de resíduos de pesticidas em frutas e legumes nacionais realizados no âmbito do Projeto Pervemac II.
Trata-se de um estudo que visa analisar resíduos de pesticidas nos alimentos para promover a segurança alimentar e agricultura responsável nos arquipélagos da Macaronésia, com o objetivo de garantir a segurança dos agricultores e consumidores e ao mesmo tempo minimizar o risco de contaminação ambiental. Segundo o resultado do estudo apresentado , não há excessos de resíduos de pesticidas nos alimentos produzidos em Cabo Verde e nem dos importados. “Temos um controlo razoável, existe em alguns alimentos e o que existe não é superior a aquilo que é recomendado a nível internacional” explica a Diretora do Instituto de Investigação e Desenvolvimento Agrário, Ângela Moreno.
Os resultados demostram ainda que o nível de pesticida existente nos alimentos em Cabo Verde é muito baixo, o que comprova que “os alimentos produzidos nos campos e os que são consumidos não constituem uma ameaça quanto a concentração de resíduos de pesticidas nos alimentos” sustenta.
Para a Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima, os produtos produzidos em Cabo Verde são saudáveis e isso dá-nos um certo conforto, mas há que se ter mais controlo a nível das importações” “Para garantir a segurança alimentar, temos que saber qual é tipo de alimentação que se consome em Cabo Verde e é através de ingestão de alimentos seguros que vamos ter menos doenças. O risco de consumo de pesticidas tem efeitos nocivos no organismo que podem desencadear doenças a médio e longo prazo,” reitera.
Em relação a doenças crónicas relacionadas com a ingestão de pesticidas nos alimentos, a Presidente do INSP diz que não existe estudos concretos em Cabo Verde que correlacionam o uso de pesticidas com doenças.Temos intoxicações agudas que acontecem em qualquer ocasião, mas é preciso fazer mais investigação para que tenhamos evidências sobre esta matéria”
De se referir que o Pervemac II é continuidade de um projeto anterior, PERVEMAC, que foi se construído a partir dos resultados e conclusões do seu predecessor, ampliando o seu âmbito de atuação com duas novas vertentes, a assistência técnica dos produtores locais e fomento de uma alimentação saudável e segura.
O workshop que foi presidida pelo Diretor Geral da Agricultura Silvicultura e Pecuária, José Teixeira, foi organizado em parceria com os sócios de Cabo Verde nomeadamente o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), o Instituto de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), Agência de Regulação dos Produtos Farmacêuticos a Alimentares (ARFA).