“O objetivo é principalmente relembrar que a lepra existe, é uma doença tratável, com tratamento gratuito e, ainda capacitar os profissionais de saúde e os estudantes universitário de medicina e enfermagem, para a questão da lepra”. Esta afirmação foi feita pela Argentina Fortes, coordenadora pela área de prevenção e comunicação de risco do Instituto Nacional de Saúde Pública, instituição que organizou esta sessão formativa em colaboração com o Programa Nacional de Luta contra Doenças de Transmissão Sexual incluindo o VIH/SIDA, Tuberculose e Lepra, da DNS.
A sessão formativa que teve lugar, nesta manhã de segunda-feira, 29 de janeiro, foi ministrada pela Melinda Silva, Dermatologista do Hospital Agostinho Neto. Segundo a mesma, a lepra ou hanseníase é uma doença crónica, infectocontagiosa, não hereditária e causada pela Mycobacterium Leprae, que ataca primariamente os nervos periféricos e posteriormente a pele e outros tecidos. A sua transmissão dá-se principalmente por vias respiratórias. “Para se fazer o diagnóstico da lepra nós temos que lembrar que ela existe. Se não pensamos em lepra não fazemos o diagnóstico”.
Silva disse ainda que essa sessão serve “para lembrar que a hanseníase existe e que é preciso fazer diagnóstico e tratamento mais precoce, evitando para sequelas e incapacidades” que podem derivar desta doença.
Segundo os dados de 2017, registou-se 10 novos casos de lepra ao nível do território nacional sendo 8 no município da Praia, um na ilha Brava e um na ilha de São Vicente.