O Instituto Nacional de Saúde Pública promoveu na cidade da Praia, nos dias 25, 26 e 27 de agosto, uma formação em Biossegurança, no Contexto Laboratorial – COVID-19 cerca de 40 técnicos de laboratório, nas diferentes ilhas do país. Esta formação que contou com assistência técnica e financeira da Organização Mundial da Saúde foi dirigida pela formadora Isabel Carvalho, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, é parte de um projeto de elaboração do Manual de Transporte das Amostras Biológicas.
A cerimónia de encerramento da ação de formação e a apresentação e validação do Manual de Transporte de Amostras Biológicas, aconteceu nesta quinta-feira 27, na cidade da Praia.
Conforme explicou a Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Lima, trata-se do primeiro Manual de Transporte de Amostras Biológicas do país, e a sua implementação vai evitar um conjunto de constrangimentos.
“Este manual vem, mais ou menos, harmonizar todas as recomendações e orientações relacionadas com o transporte de amostras, quer por via aérea, marítima ou terrestre. É fundamental que haja um manual nacional com diretrizes claras que normalize todos esses procedimentos, para que não haja atraso quando se vai buscar as amostras e para que não haja amostras que não cheguem em qualidade aos laboratórios”, explicou.
Na ótica de Maria da Luz Lima, a biossegurança é fundamental não só para a segurança dos profissionais do laboratório, mas também do próprio laboratório.
Segundo realçou, as normas de biossegurança mudam, constantemente, de acordo com os desafios e circunstâncias que aparecem, e, neste momento, é necessário adaptá-las ao contexto da pandemia da COVID-19.
“É importante que todas as pessoas envolvidas em qualquer processo de diagnóstico laboratorial, seja na colheita, no transporte, no armazenamento ou na realização dos testes, tenham formações adequadas e estejam capacitadas para se protegerem”, sublinhou.
Esta iniciativa de capacitação abrangeu não só os técnicos dos laboratórios do Instituto Nacional de Saúde Pública, mas também os técnicos da rede dos laboratórios clínicos, a nível nacional, designadamente, das delegacias de saúde, do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), da Direção Geral da Agricultura Silvicultura e Pecuária (DGASPE) e outros profissionais como da TIC-CV e da CVHandling, e a aderência dos formandos aconteceu em módulos presenciais e online.
De acordo com a Presidente do INSP, essa uniformização de normas e procedimentos é necessária entre as entidades não só da saúde humana, mas da saúde animal e ambiental, e deve envolver tanto o serviço público, como o serviço privado, para que se possa ter maior segurança e tranquilidade nas respostas que os laboratórios dão. Ainda na mesma ocasião, Lima aproveitou o momento para render uma homenagem a todos esses profissionais, que, segundo considera, são “pessoas do ano”.
“São técnicos muito discretos, mas que têm um papel fundamental no diagnóstico, na prevenção e no seguimento de várias doenças. Merecem uma palavra de apreço os técnicos de laboratório de virologia, a nível nacional, que têm estado, desde o início da pandemia, a trabalhar incansavelmente, com muito zelo e profissionalismo, para garantir essa resposta célere, de qualidade e segurança, no contexto dessa pandemia”.
Para o Representante da OMS em Cabo Verde, Hernando Agudelo, o apoio da organização que representa, neste caso preciso, vai no sentido de proteger e assegurar que esses profissionais de laboratório trabalhem nas melhores condições possíveis, por forma a se obter bons resultados e um trabalho rápido e de qualidade, atempadamente.
De referir que a formação em “Biossegurança, no contexto Laboratorial – COVID-19”, foi promovida pelo INSP, com a assistência técnica e financeira da OMS, e teve como objetivo reforçar os conhecimentos e a capacidade desses profissionais, e melhorar o processo de transporte das amostras biológicas.