O Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde (INSP) realizou na última quinta-feira, 13 de julho, um Webinar com o tema “Por uma cultura de segurança: Desafios da Biossegurança e da Bioproteção”, com vista a contribuir para a implementação das melhores práticas de Biossegurança e Bioproteção.
Conforme avançou a Técnica de Laboratório de Virologia e ponto focal de biossegurança a nível do INSP, Leidiza Tavares, à margem do evento, o objetivo deste webinar é promover a sensibilização dos profissionais sobre a importância e o papel da biossegurança e da bioproteção para implementação das melhores práticas nas diferentes áreas de atuação tendo em conta que existe ainda uma fragilidade em termos de implementação do sistema da biossegurança e da bioproteção em Cabo Verde.
“Neste webinar nós estamos a promover o desenvolvimento de uma cultura de biossegurança para proteção dos profissionais de saúde e não só, com uma abordagem “One Health”. Tendo em conta que os profissionais enfrentam alto risco de contaminação e as suas atividades têm riscos inerentes as atividades que fazem, então é uma chamada de atenção para a proteção dos profissionais, da comunidade, do meio ambiente, e também dos animais, afirmou.
A mesma avançou que Cabo Verde ainda está no início deste processo, dando conta que se tem feito várias atividades para preencher as lacunas constatadas durante a avaliação externa conjunta feita em 2019, que deixou recomendações para melhoria do sistema de implementação da biossegurança e da bioproteção.
“Temos 40 profissionais de laboratórios com formação na área da biossegurança e da bioproteção e transporte de substâncias infecciosas e 21 técnicos de laboratórios certificados em transporte de substâncias infecciosas para Categoria A no âmbito da abordagem “One Health”, acrescentou”.
A Técnica afirmou ainda que Cabo Verde enfrenta desafios enormes nesta matéria e que precisam de respostas, tendo destacado a não existência de uma legislação específica ou política direcionada para biossegurança e bioproteção.
“Não temos uma legislação específica da biossegurança e da bioproteção. Também temos a questão da formação contínua dos profissionais de saúde, que necessita de financiamento para sua realização em todo o território nacional “, declarou.
O referido evento que teve lugar na sala de Reunião do INSP, aconteceu em formato híbrido e contou com a participação de diferentes profissionais de saúde, tanto nacionais como internacionais.