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O Secretario de Estado da Saúde anunciou que o governo vai reforçar investimentos nos bancos de sangue do país

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Durante a cerimónia de abertura do Seminário sobre a Importância da doação de sangue, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública, hoje 14 de junho, na Praia, sob o lema “Dê sangue para que o mundo continue pulsando”, o Secretario de Estado da Saúde, Evandro Monteiro considerou que sendo o sangue um produto essencial para tratamento, intervenções urgentes e pode ajudar pacientes em risco de vida, vital para intervenções médicos e cirúrgicos complexos, tendo um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais, todos são interpelados a trabalhar no sentido de contribuir para salvar vidas.

O Secretario de Estado reconheceu a todos quantos se deslocam aos centros de colheita de sangue de forma regular e voluntaria para doarem o seu sangue. E sendo que a OMS recomenda que 5% da população seja doador de sangue regular para que os stoks dos homocentros seja mantida e para que esta recomendações seja cumprida disse que o Governo continuará a apostar nos recursos humanos e materiais para equipar todos os homocentros do país bem como em programas eletrónicos para que as pessoas possam fazer as marcações nos horários que melhor os convém e anunciou que o governo pretende ainda criar o Instituto de Sangue e da Transfusão para que cada doente em todo território nacional tenha segurado o envolvente na segurança trasnfusinal.

A Presidente do INSP, Maria da Luz Lima, disse que neste contexto mundial, em que a pandemia tem trazido vários e grandes desafios e em que se está a viver separado das pessoas, esse lema do Dia Mundial deste ano, vem apelar a todos e, sobretudo aos jovens, que o amor para salvar vidas, através da doação de sangue, deve ser uma atitude nobre de ajuda aos doentes.

Maria da Luz observou também que os bancos de sangue dos hospitais precisam constantemente de sangue para que se possa assegurar a cada doente, cuidados que correspondam às suas necessidades (cuidados centrados no doente) conforme a política de qualidade do sangue.

“Por isso, esta atividade serve também de apelo a todas as pessoas, sobretudo jovens, que são saudáveis e têm mais de 18 anos, que sejam verdadeiros heróis em salvar vidas através da doação de sangue.” Reforçou.

Para o Representante da OMS, Dr. Hernando Agudelo, parabenizou os doadores de Sangue e encorajou as pessoas jovens para serem doadores de sangue e transmitiu a mensagem da Diretor Regional da OMS para Africa que reconheceu que ao longo do último ano, as reservas de sangue diminuíram na região africada devido as restrições e os receios de infeção impediram as pessoas de acederem aos locais de doação de sangue. A taxa media de doação de sangue diminuiu em cerca de 17% e a frequência de campanhas de sensibilização diminuiu em 25%. A procura de sangue também diminuiu 13% devido a suspensão de cirurgias de rotina em alguns países e a redução da procura de cuidados nas estruturas de saúde.

Entretanto o Representante da OMS também reconheceu que durante a pandemia os doadores fizeram esforços enormes em muitos países para continuar a dar sangue. As campanhas de sensibilização com a apoio da sociedade civil das associações de doadores as forças armadas e as forças de segurança permitiram recrutar um bom número de doadores voluntários em 8 países africanos.

Disse ainda que a OMS está a levar a cabo várias parcerias para apoiar os países para o aumento da disponibilidade de sangue e produtos sanguíneos seguros. E a OMS exortou os governos juntamente com seus parceiros a aumentar os sistemas e as estruturas necessárias para aumentar a colheita de sangue dos doadores voluntários.

Em Cabo Verde mais de 60% dos doadores de sangue são Jovens

No dia em que se comemora o dia mundial de Doação de Sangue, 14 de junho, que este ano é assinalado sob o lema “Dê sangue para que o mundo continue pulsando”, cuja mensagem destaca a contribuição essencial dos doadores de sangue para manter o pulso do mundo, salvando vidas e melhorando a saúde de outras pessoas. Também reforça o apelo global para que mais pessoas, em especial os jovens, em todo o mundo doem sangue regularmente e contribuam para uma saúde melhor, segundo a DNS, os dados de Cabo Verde mostram que os jovens são os que mais doam sangue representando mais de 60% dos doadores voluntários não remunerados.

De acordo com a Coordenadora Nacional do Programa de Segurança Transfusinal da Direção Nacional da Saúde, Conceição Pinto, durante a pandemia da Covid19, sentiu-se alguma dificuldade em manter o stok de sangue em alguns bancos de sangue do país, isso nos primeiros meses da pandemia, devidos vários fatores nomeadamente o medo, a falta de informação e as restrições de mobilidade e de circulação impostas por causa da pandemia. Segundo frisou, isso não foi uma exceção do nosso país, pois nos outros países também foram registados esta tendência para diminuição do stock de sangue. De uma forma geral, de acordo com a Conceição Pinto houve diminuirão de doação de sangue, de necessidade de sangue e da sua própria utilização.

Das varias apresentações feitas, ficou claro que o medo, o preconceito, as duvidas, a desinformação, desmotivação, esquecimento e crenças na possibilidade de alguma contaminação são os principais fatores que condicional da dádiva de sangue pelos jovens.

Neste sentido uma das recomendações saídas do seminário foi a necessidade de uma aposta forte em campanhas de informação e sensibilização com cunho emocional e humanitário e trabalhar certos tabus que ainda persistem na sociedade.

Cerimonia de enceramento de Seminário foi presido pelo PCA do Hospital Agostinho Neto, Emadoeno Cabral.