O Laboratório de Entomologia Médica do Instituto Nacional de Saúde Pública (LEM-INSP), realiza na Praia, um curso de “Técnicas de entomologia aplicada à monitorização e controlo de vetores”, de 26 de junho a 01 de julho.
Esta iniciativa visa reforçar a vigilância entomológica e controlo vetorial. Os formandos serão dotados de competências para a identificação dos mosquitos, aplicação de técnicas de biologia molecular para a deteção e pesquisa dos agentes infeciosos presentes nos mosquitos e conhecimentos para avaliar a eficácia dos inseticidas utilizados no país para o controlo vetorial.
Para o presidente do INSP, Dr. Tomas Valdez, que presidiu a cerimónia de abertura do curso, na manhã desta segunda-feira 26 de junho, “esta formação vem reforçar as capacidades laboratoriais para o controlo vetorial e o Laboratório de Entomologia Médica irá desempenhar um papel extremamente importante, sendo a retaguarda laboratorial para avaliar a eficácia das ações desenvolvidas no terreno.”
A pretensão ainda, segundo Valdez é de, sobretudo, estudar o mosquito, para a produção de evidências científicas que poderão apoiar a Direção Nacional da Saúde, o Programa Nacional de Luta Antivectorial e outras estruturas de saúde implicadas nesta matéria, para a antecipação de medidas de controlo vetorial e redução de riscos epidemiológicos.
O presidente do INSP concluiu dizendo que existem desafios enormes ligados ao LEM-INSP porque este constitui o primeiro braço laboratorial da instituição que futuramente deverá albergar o Laboratório Nacional de Saúde Pública que será o laboratório de referência a nível nacional, conforme plasmado no estatuto do INSP.
Já a coordenadora do LEM-INSP, Dra. Silvânia Leal, explicou que o curso tem um programa enriquecido, baseado numa “forte componente laboratorial” com vários módulos importantes, nomeadamente a biologia de vetores de malária, dengue e zika, morfologia e identificação dos mosquitos, parâmetros entomológicos de importância médica, mecanismos de resistência a inseticidas, entre outros.
Segundo um dos formadores, a Professora Carla Sousa, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Portugal, esta formação tem uma forte componente laboratorial, mas não descorando da parte de terreno, pois a ideia não é eliminar os mosquitos, mas sim controlá-los e manter a densidade dos mosquitos abaixo do que é epidemiologicamente perigoso, de forma que os mesmos possam coexistir com o ser humano.
Além da Professora Carla Sousa, também integram o grupo dos formadores, os Professores João Pinto e Henrique Silveira, todos do Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Portugal (IHMT).
Participam desta ação de formação técnicos do Laboratório de Entomologia Médica, da região Fogo Brava, da Região Sanitária Santiago Norte, da Delegacia de Saúde da Praia, de algumas universidades e pesquisadores membros dos grupos de investigação do INSP.
Para a realização desta formação, o INSP conta com a parceria do Comité de Coordenação e Combate à Sida (CCS-SIDA) e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), de Portugal .